Os três movimentos da espiritualidade

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Postado em 16 de agosto de 2017

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Hoje está meio na moda ter alguma espiritualidade. A sociedade, de alguma forma, está se dando conta que apenas o racionalismo e a ciência não são suficientes para responder as demandas existenciais. 
 

Sem muita direção e seguindo o estilo do self-service, as pessoas vão fazendo uma verdadeira miscelânea de espiritualidade. Um pouquinho de Zen Budismo, Espiritismo, Cristianismo, Materialismo, Esoterismo etc. Afinal, como eu já ouvi: como saber qual está certa? 
 

Não quero aqui discutir qual é a melhor ou certa, porque toda argumentação pode cair na relativização tão propagada hoje. Só quem pode realmente convencer as pessoas da realidade e superioridade da espiritualidade cristã é o Espírito Santo. Deixo a cargo d'Ele isso. 
 

Todavia, o escopo da espiritualidade cristã é fundamentada em Jesus Cristo e nas suas palavras. E ele mostra quais são as bases de uma genuína espiritualidade. 
 

“Por que vocês me chamam ‘Senhor, Senhor’ e não fazem o que eu digo? Eu mostrarei com quem se compara aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica.” Lucas 6:46-47 NVI 
 

Antes de apresentar uma metáfora para exemplificar os verdadeiros discípulos, Jesus apresenta os três movimentos da espiritualidade cristã: aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica. 
 

O primeiro movimento é o de busca. A espiritualidade cristã se caracteriza por um relacionamento pessoal com a pessoa de Jesus. Não é algo genérico ou impessoal, ao contrário, é a manifestação do mais essencial de nosso ser. Somos incompletos e precisamos do outro. E no caso de uma plenitude, somente com o Outro, o próprio Deus. 
 

O segundo movimento é de ouvi-lo. Estar com Ele para compreender como Ele vê o mundo e as realidades. Só é possível quando paramos de falar e falar, para ouvir. Silêncio, atenção e meditação em suas palavras é o grande caminho para uma espiritualidade verdadeira e profunda. Isso porque temos a tendência de transformar a relação com Jesus num palavrório centrado em nossos pedidos, sonhos e angústias. Quando na verdade temos uma visão limitada de tudo isso. 
 

Por fim, tem a prática. Este movimento talvez seja o mais difícil, porque existem duas tentações sutis que facilmente se instalam. A primeira é a religiosidade e a segunda a idolatria. Porém, isso vamos meditar amanhã. 
 

Por ora, podemos parar e meditar em: como estamos fazendo os movimentos da espiritualidade cristã em nossa vida?

 

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Rev. Marcio Tenponi

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